Vamos mudar o mundo?
Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, se você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar, você já fez a diferença.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Que futuro terão nossos filhos?
Que futuro terão nossos filhos?
Aproveitamos o sentimento de indignação e tristeza que nos abalou
nos últimos dias para convoca-los para uma mobilização pelo futuro das nossas
crianças. A tragédia absurda ocorrida na escola em Realengo (Rio de Janeiro) é
resultado de uma estrutura complexa que tem regido nossa vida em sociedade. O
problema vai muito além de um sujeito qualquer decidir invadir uma escola e
atirar em crianças. Armas não nascem em árvores.
A coisa está feia: choramos por essas crianças, mas não podemos
nos deixar abater pelo medo, nem nos submeter aos valores deturpados que têm
regido nossa sociedade propiciando esse tipo de crime. Não vamos apenas chorar
e reclamar: vamos assumir nossa responsabilidade, refletir, trocar ideias e
compartilhar planos de ação por um futuro melhor. Então,
mães e pais, como realizar uma revolução que seja capaz de mudar esses valores
sociais inadequados?
Vamos agir, fazer barulho, promover mudanças! Acreditamos na mudança a longo prazo. Precisamos começar a
investir nas novas gerações: a esperança está na infância.
Vamos fazer nossa parte: ensinar nossos filhos pra que façam a deles.
Se desejamos alcançar uma paz real no mundo, temos de começar
pelas crianças. Gandhi
O que estamos fazendo com a infância de nossas crianças?
Com frequência pais e mães passam o dia longe dos filhos porque
precisam trabalhar para manter a dinâmica do consumo desenfreado. Terceirizam
os cuidados e a educação deles a pessoas cujos valores pessoais pensam conhecer
e que não são os valores familiares. Acabamos dedicando pouco tempo de
qualidade, quando eles mais precisam da convivência familiar. Assim, como é
possível orientar, entender, detectar e reverter tanta influência externa a que
estão expostos na nossa longa ausência? Estamos educando ou estamos nos
enganando?
O que vemos hoje são crianças massacradas e hiperestimuladas a
serem adultos competitivos desde a pré-escola. Estão constantemente expostos à
padronização, competição, preconceito, discriminação, humilhação, bullying,
violência, erotização precoce, consumo desenfreado, culto ao corpo, etc.
O estímulo ao consumo desenfreado é uma das maiores causas da
insatisfação compulsiva de nossa sociedade e de tantos casos de depressão e
episódios de violência. Daí o
desejo de consumo ser a maior causa de crime entre jovens. O ter superou o ser.
Isso porque a aparência é mais importante do que o caráter. Precisamos ensinar
nossos filhos que a felicidade não está no que possuímos, mas no que somos.
Afinal, somos o exemplo e eles repetem tudo o que fazemos e o modo como nos comportamos.
E o que ensinamos a nossos filhos sobre o consumo? Como nos comportamos como
consumidores? Onde levamos nossos filhos para passear com mais frequência? Em
shoppings?
Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10 desenhos por
dia são 5 horas em frente à TV sentados, sem se movimentar, sem se exercitar,
sendo bombardeados por mensagens nem sempre educativas e por publicidade
mentirosa que incentiva o consumo desde cedo, inclusive de alimentos nada
saudáveis. Mais tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que somos seus
pais!
Porque os brinquedos voltados para os meninos são geralmente
incentivadores do comportamento violento como armas, guerras, monstros, luta? A
masculinidade devia ser representada pela violência? Será que isso não contribui
para a banalização da violência desde a infância? Quando o atirador entrou na
escola com armas em punho, as crianças acharam que ele estava brincando.
Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que acreditamos e cobrar
do Estado sua implementação, como o controle de armas, segurança nas escolas,
mudança na legislação penal, etc. Mas acima de qualquer coisa precisamos de
pessoas melhores. Isso inclui educação formal e apoio emocional desde a
infância. É hora de pensar nos filhos que queremos deixar para o mundo, para
que eles possam começar a vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para
se desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se descobrem como
indivíduos e aprendem a se relacionar com o mundo.
Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência com nossos
filhos e estar atentos aos sinais que mostram se estão indo bem ou não.
Colocamos os filhos no mundo e somos responsáveis por eles! Eles precisam se
sentir amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles sejam médicos por amor
não por status, que sejam políticos para melhorar a sociedade não por poder,
funcionários públicos por competência e não pela estabilidade, juízes justos,
advogados e jornalistas comprometidos com a verdade e a ética, enfim!
Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que precisam
se preocupar mais em educar de verdade e para um futuro de paz. Chega de
escolas que tratam alunos como clientes.
Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou tarde,
faremos parte da estatística da violência. Convidamos todos a começar hoje.
Sabemos que não é fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos
olhar com mais atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes, vamos
cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar crianças melhores para um
mundo melhor!
Nossa proposta aqui é de união e ação para promover uma verdadeira
mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do individualismo para a
FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da violência para a GENTILEZA e a PAZ.
http://www.grupocria.com.br/
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
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